natureza morta
a performance terá início às 10h da manhã do dia 18 de julho de 2013. a ação se subdivide em três articulações que ocorrerão no período total de 8 horas. a ultrapassagem de uma articulação pela outra pretende formar ao final uma paisagem/ritual. o binário pretende inserir durante o feitio da imagem uma brecha para introduzir ações para um pequeno rito.
a disposição espacial desta imagem pretende interferir no fluxo de passagem dos transeuntes na curva da praça em frente à igreja da candelária no rio de janeiro.
a paisagem compõe a imagem de um homem tingido de vermelho vestido com roupas de esporte branca. à frente dele terá um tapete de carne crua moída formando uma delimitação retangular no chão de concreto, atrás uma barraca de camping armada.
a primeira articulação, intitulada rota 1: nomadismo caracol.
este momento começa com a saída do esportista da rua conde de baependi flamengo/largo do machado com uma mochila de trilhas às 10h da manhã em direção a praça pio x- centro, rio de janeiro. o deslocamento será feito de forma lenta e com algumas paragens.
dentro da mochila tem garrafa d’agua, documento de identidade, fita adesiva com a palavra frágil, barraca de camping, tinta corporal vermelha e carne crua moída.
inicia-se, então, uma jornada de um ponto ao outro.
a segunda articulação, rota 2: casa de pedra.
após chegar ao fim do trajeto um quadrado de fita adesiva de frágil será colocada no chão, esta demarcação fará uma moldura/fronteira para a armação da barraca e do tapete de carne. aqui a ação caracteriza-se por levantar um abrigo, delimitar um espaço na rua e ocupá-lo com uma paisagem.
a terceira, rota 3: corpo descasca.
entre o tapete de carne e a barraca se iniciará um tingimento corporal com um líquido vermelho.
a coloração ocorrerá em tempos espaçados e sobre diferentes partes do corpo. durante as pausas serão montadas algumas posturas de corpos caídos sobre o chão, afim de que lentamente a paisagem alterne entre tingimento de pele e montagem de posturas. até que todo, ou grande parte do corpo, esteja coberto de vermelho.
gunnar borges