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sexta-feira, 7 de março de 2014

Rubricas Prólogo - Solstício

Prólogo

Manuela adentra o espaço em direção ao topo do planalto. Nas mãos, equilibra uma garrafa cheia de água. Ao chegar no topo, ela estende os braços para frente e fecha os olhos, como se pudesse sentir o ar-condicionado do táxi em que acabou de entrar.

Entrando correndo e rodeando a margem, Alexandre, Antonisia, Glória, Riane e Virgília. Como revoada de passos, de pássaros, eventuais araras, eles entram produzindo o vento que Manuela sente bater na cara. Eles estacam, juntos ou cada um a seu tempo. No ponto em que param, retiram do chão pequenas garrafas de água, que assim como Manuela, seguram numa mão.

Imagem formada. Dá-lhe discurso:

MANUELA
rio de janeiro
ilha do fundão glória, por favor

Ao término, Manuela se banha com a água presa na garrafa. E todos os outros, que estão na margem, fazem o mesmo. Entra Paolo, o coveiro, subindo o planalto, a tempo de segurar o corpo da professora e acomoda-lo ao chão.

Após Manuela ser posta no chão, um a um, os alunos que ocupam a margem, adentram o espaço da planície, do planalto ou mesmo ainda na margem, e se deitam, reproduzindo a imagem final do desmoronamento/naufrágio do Maracanã.